30 outubro 2008

Sobre a dor ser inevitável e o sofrimento ser opcional...

A vida tem o costume de ser irônica no que se refere às nossas fraquezas.
Desde pequena, eu me sentia feia. Usava um óculos fundo de garrafa e era a garota que entregava os bilhetinhos de amor dos meninos para as meninas mais bonitas do colégio.
Eu até que gostava, porque era um jeito de estar próxima deles. Rs.
Essa sensação, entretanto, mudou no instante em que meus hormônios acordaram. De repente, eu também queria receber os tais bilhetinhos. Mas eles nunca chegavam. E eu deduzi que o motivo era a minha feiúra, que eu tinha como certa e imutável.
Sério mesmo! Não via solução e, por vezes, eu nem saía de casa de tão mal que me sentia.
Tinha amigos, muitos amigos, mas eu era considerada a palhaça da turma e não alguém "ficável". Continuei no meu posto de cupido e de pombo-correio por muitos anos, sempre sofrendo calada e colocando a culpa disso nos meus óculos, na minha forma física, enfim, na minha aparência, que me desagradava como um todo. Era insegura, ciumenta ao extremo e muito tímida. A típica nerd que ficava quieta num canto, na hora do intervalo.
Um dia, modéstia para o raio que a parta, fiquei linda! De uma hora para outra, fiz a revolução. Coloquei lentes de contato, eliminei 15 quilos e me senti linda. Assim como o patinho feio que um dia viu um belo cisne refletido nas águas da lagoa.
Daí, a vida me pregou uma peça...
Apesar da aparência de segurança que eu ostentava, eu continuava insegura e sofria pelos mesmos motivos de antes. Tinha os mesmos problemas dos tempos de feiúra e alguns a mais por não saber administrar tanta coisa nova de uma só vez. É muito difícil parar de pensar e agir como feia e eu senti isso na pele.
Custei muito a perceber. A solução para os meus problemas não estava fora de mim. A solução de tudo estava dentro de mim o tempo todo. E o que precisava realmente ser transformado continuava intacto.
Dia após dia, estou realizando as mudanças necessárias. Descobri coisas sobre mim mesma que preferia não ter descoberto. Joguei-me na vida de peito aberto, sem medo de quase nada. Vivi histórias que me ensinaram muito e algumas doeram mais do que pensei que pudesse aguentar. Entretanto, aprendi a olhar pra dentro de mim de forma menos inquisidora e mais compreensiva, aceitando meus defeitos e aprimorando minhas qualidades.
Não sei o real motivo deste texto. Foi o que saiu hoje.
No fundo, acho que espero que ele possa ajudar alguém a não demorar tanto tempo pra parar de sofrer por coisas menores. Porque existem coisas na vida que são realmente relevantes e descobri-las ou enxergá-las o mais rápido possível é o melhor que alguém pode fazer por si mesmo.




Nota da autora: Particularmente, não me agrada escrever em primeira pessoa. Minha professora Regina talvez não gostasse desse texto. Mas hoje meu sexto sentido me disse que alguém precisava ler isto. E não tenho o hábito de ignorar minha intuição. Coisas do universo feminino...

20 outubro 2008

Exaltação às heroínas: nós.

Dando uma boa lida nos textos anteriores, fiquei acá com meus botões pensando. Minhas pautas geralmente envolvem um assunto único: homens. E me ocorreu que me sinto a fugir dos reais objetivos de minhas linhas.
Mulheres são verdadeiros poços de preocupações. Das mais variadas, em intensidade, tipo e motivos. Não passamos horas pensando nos homens nem nos males e bens que poe eles são proporcionados. Nossa palavra de ordem é, basicamente, assertividade. Queremos ser boas amigas, profissionais competentes, mães realizadas, donas-de-casa exemplares, entre outras coisas.
Talvez o motivo de tal intermitência do assunto deva-se ao fato de que no relacionamento homem-mulher, o buraco seja, literalmente, mais embaixo.
Tantas Marias e Joanas dão conta de tudo, mas não se dão tão bem na vida amorosa. Somos criadas para ter personalidade e atitudes de heroína e caímos num mundo em que os heróis geralmente são homens.
Pouco importa se esses heróis são bons maridos, bons pais, bons cozinheiros e uma série de outras coisas ao mesmo tempo. São heróis em alguma coisa e ponto. Mulheres precisam ser boas em um enorme lista de coisas pra serem realmente notadas.
Então, a minha luta de hoje é pelos pequenos heroísmos femininos de cada uma de nós no decorrer dos dias.
Aposto que todas nós temos unzinho que seja pelo menos pra comemorar e do qual se orgulhar.
Pode ser a maquiagem que ficou perfeita. Pode ser ainda a vitória de conseguir fazer o filho usar o vaso sanitário. Tem também hoje aquelas que conseguiram resolver um pepino de 10 quilômetros no trabalho e, por causa disso, mal tiveram tempo de almoçar ou levar suas filhas ao colégio.
Há aquela dona-de-casa feliz por ter acertado a receita do bolo de cenoura preferido do seu marido e do seu filho. E por ter descoberto um supermercado bem pertinho de casa que tem os melhores preços da praça.
A melhor mulher, a mais feliz é, com certeza, a que já conseguiu descobrir que não precisa ser perfeita em tudo o que faz, se conseguir dar o seu melhor. É a que consegue olhar à sua volta e enxergar que, por suas mãos e por sua presença, o mundo possui uma beleza sem tamanho. Beleza esta que pode ser notada na vivacidade dos seus filhos, no sucesso de seu amor, no trabalho que desempenha com classe e amor, na casa que constrói apesar de todas as dificuldades. Beleza que só pode ser oriunda de uma mente assertiva, resiliente e, acima de tudo, sensível como só é a feminina.

18 outubro 2008

Escassez de "Cimancol" no mercado farmacêutico!!!

Hoje não estou mais com vontade de escrever. Então porque estou escrevendo, oras? É o que estou a me perguntar...
Meu blog funciona como um diálogo com os que o lêem e eu quero hoje falar de algo extremamente chato, mas super importante: a vida alheia.
A vida alheia é algo tão interessante, né? dela podemos falar a hora que quisermos, no tom que desejarmos e para quem bem entendermos.
Nada mais saudável, visto que não são nossas dores, não nosso conflitos, muitos menos são nossos problemas...
É fácil falar da amiga que tem um marido estranho, das roupas de fulana de tal, do jeitão de cicrana...
Difícil mesmo é olhar para o próprio umbigo e notar que os nossas problemas e nossos defeitos são´, muitas vezes, maiores que os das pessoas que insistimos em perseguir. Não me conformo com isso!
Tanta gente com tanta coisa pra consertar na própria vida e, mesmo assim, insistindo em se ocupar da vida dos outros. Até parecem gostar de ver o sofrimento alheio, o azar dos outros...
Affff!
Gente, vamos tomar uma boa dose de "Citocol" (Genérico do " Cimancol") e parar com essa mania de dar pitaco na conversa alheia. Façam-me o favor de dar um boa olhada no próprio filho, no próprio namorado e deixem o das outras em paz.
Tenho dito que falar mal dos outros não reduz em nada os problemas que você tem que resolver. Nadica de nada.
Então, a dica de hoje é só uma: vamos cuidar de nossa saúde, porque da nossa vida já tem gente demais cuidando!

15 outubro 2008

Tudo muda...

Tudo muda quando o homem certo aparece...
Por quê?
Porque ele te abraça e, de repente, você não tem mais medo de nada.
Porque ele sabe exatamente onde te tocar pra te fazer subir pelas paredes: no coração.
Porque ele conversa com você olhando nos seus olhos e, mesmo quando desvia o olhar, ele ainda está te ouvindo.
Porque ele sabe a diferença entre fazer amor e fazer sexo.
Porque ele dorme ao seu lado ao invés de dormir com você.
Porque ele te leva pela mão onde quer vá junto com você.
Porque ele fala e você confia nas palavras dele.
Porque a voz dele faz o seu sangue circular mais rápido.
Porque o cheiro dele enche seu coração e o seu corpo de toda a sorte de vontades.
Porque o abraço dele faz seu coração querer "tomar um ar" pulando pela boca.
Porque ele te acha linda; e continua achando isso ao te ver acordar de manhã com a cara e o cabelo amassados.
Porque você sente vontade de ter um filho com ele.
Porque o seu coração não fica apertado por outro motivo que não seja a saudade que sente dele.
Porque ele seca suas lágrimas no meio de um chilique feminino sem rir dos seus motivos.
Porque ele te dá motivos pra rir durante um dia inteiro.
Porque a presença dele é sinônimo de tranquilidade, de paz e de sossego.
Porque, quando você está ao lado dele, cada fibra do seu ser transmite ao seu cérebro a informação de que você está no seu lugar. O lugar em que sempre quis estar. O lugar em que se sente bem.
O lugar em que consegue ser feliz.
Incrível como tudo muda!
Por quê?
Porque ele é O homem certo. Ponto.