12 julho 2010

Arrogância pura...

Se eu me acho melhor do que os outros? Não sei ao certo...

Gosto de músicas diferentes, de coisas diferentes, de pessoas diferentes. Nada meu se parece com o da maioria.
Eu até que tento, mas não me atrai ser que nem os outros. Meus gostos se afastam de tudo o que os outros pensam ser normal e eu fico pensando no quanto isso faz de mim uma pessoa solitária. Ser diferente fez de mim uma solitária, porque se ninguém gosta do mesmo que eu, acabo sempre por fazer o que gosto assim, sozinha.

E até me habituei a isso. Não que eu goste, que isso fique bem claro, mas me acostumei mesmo! Tudo que mais gosto de fazer, acabo sempre fazendo sozinha...

Triste, mas pelo menos eu parei de tentar me adaptar, me moldar pra não ficar só.

Talvez chegue a ser chata e pareça louca por tanta diferença com o todo.

Se eu me acho melhor que os outros? Talvez...

Porque gosto tanto do que é a minha essência que não consigo entender como os outros podem não gostar do que eu gosto. Se eu acho tudo tão fascinante, tão divertido, tão... tocante! Minhas músicas, meus livros, meus amores, minha vida, meu mundo! Tudo lindo! Eu acho...

E enquanto só eu achar continuo assim... sozinha. Pena que eu não possa compartilhar. Já tentei, mas não entendem mesmo. Desisti a contragosto, querendo ainda muito compartilhar minha vida. Mas ela parece só essa imensidão sem fim de gente que vem, fica pouco e vai embora!

Vem o vazio, mas em seguida eu me encho de novo com as coisas que eu gosto tanto em mim. E volto a viver no meu mundo, que não é o de mais ninguém. Mas a sensação do vazio deixa sequelas e eu me viro em outra pessoa.

Se eu me acho melhor do que os outros? Claro! Confesso! Sou mesmo melhor...

Completamente rendida...


Não gosto de modinhas! Pfff! Irrita-me quando a massa só fala de determinada peça de roupa, comida, livro ou filme porque entendi faz tempo que a massa não se liga muito em qualidade. A massa, pelo contrário, vez em sempre, cisma com determinada coisa, sabe-se lá baseada em que, e faz de algo sem significado um sucesso estrondoso. Trocando em miúdos, a massa não é inteligente nem sabe discernir o certo do errado, o bom do ruim, o que tem conteúdo do que é absolutamente oco.
E pra que esse discurso quase político sobre a capacidade da massa? Uai, eu tenho que explicar a minha relação com o objeto da minha resenha. E foi o que senti em relação à saga Crepúsculo, que virou febre e assunto obrigatório em rodas de pessoas de todas as idades.
Torci o nariz, fiz cara feia, nem quis ver o filme e há pouco tempo sequer sabia que era baseado num livro. Também não tinha tido vontade de ler o livro, assim como nem olhei para a história do Harry Potter, cujo filme eu até cheguei a ver numa noite sem programa. Detalhe: não me acrescentou nada, apesar de os efeitos serem legaizinhos.
Foi por isso que quando minha amiga Kelly me disse que tinha comprado toda a saga Crepúsculo em perfeito estado num sebo mal prestei atenção. Peguei pra ver e alguma coisa me prendeu aos exemplares. Li o enredo (que eu mal conhecia) e me deu vontade de ler.
Ela me emprestou dois deles porque ainda não tinha lido os outros. Levei com certa ansiedade, quase apostando que não ia gostar. Mas queria começar logo, afinal um livro é sempre um desafio pra mim.
E depois desse preconceito todo, levei dois dias pra ler cada um deles. Literalmente devorei e fazia qualquer atividade mais que correndo pra poder voltar logo à narrativa de Bells.
Todo mundo já conhece a história, logo não preciso entrar nos detalhes. O que me impressionou, de fato, foi a capacidade de envolver da autora. Esse talento que um dia eu quero ter, porque por diversas vezes esqueci que era uma história fictícia e me senti a protagonista dessa narrativa cheia de sequências que, embora irreais, me parecem perfeitamente possíveis.
E fala de amor, o meu tema favorito! Com uma mocinha que transborda os conflitos da adolescência e a busca por respostas que ela nem sabe se existem em algum lugar. Só uma garota que tem coragem de enfrentar o que lhe mete medo, pra descobrir quem é (...pausa pra sentir inveja dela...).
Eu me rendi à saga e estou completamente refém da história. E até meio desesperada, eu acho, porque a tal amiga não deve ter terminado os outros volumes e eu terei que esperar pra continuar a ler. Isso apesar de apostar que darei um jeito de comprar ou pegar emprestado com outra pessoa pra poder ler logo.
Crepúsculo foi, com certeza, uma das minhas melhores surpresas! Envolvente, escrito em linguagem relativamente simples e de uma "cotidianidade"que espanta muito, uma vez que se trata de ficção.
Recomendo. Recomendo. Recomendo.
Pra quem quiser viajar na história, pra quem quiser ler um texto bem escrito, pra quem quiser se apaixonar, pra quem quiser esquecer o mundo. Recomendo principalmente pra quem duvida que pode ser bom. Eu duvidava e estou triste porque um dia a saga chega ao fim e não poderei mais usufruir do prazer de viver essa história.



PS: Mantenho minha decisão de não ver o filme. Vou ler tudo primeiro e depois resolvo. Rsrsrsrs.

06 julho 2010

Cadê a minha mocinha. afinal de contas?

Gosto de mocinhos. São do bem, fazem o bem e deixam a gente com aquela sensação boa de que o mundo seria lindo se fosse povoado de gente assim. Além do mais, em filmes, novelas e peças, eles costumam ser tão lindos, legais, doces e educados. Politicamente corretos! Isso me atrai...


Mas prefiro mesmo os bandidos que no fim da história trocam de lado. Assim meio plasticamente pra quem não observa seus reais motivos pra serem do mal no início, mas de uma forma que faz com que eu me apaixone pelo autor.


Bandidos que viram mocinhos me fazem acreditar em perdão, em superação e tiram de mim aquela ideia desconfortável de que "pau que nasce torto, morre torto". Tão triste acreditar nisso, ter isso como condição.


E por que as pessoas não podem mudar? Gosto de pensar nisso como possível, porque muitas pessoas que eu amo precisam disso. Eu mesma preciso melhorar em muitas coisas e se eu pensar que isso não é possível, não vou evoluir.


Mocinhos parecem prontos e não existe gente assim. Nem aqui nem em outros mundos, se é que existem outros mundos. Somos seres em constante evolução, aprendizado ou seja lá o que nome que se dê a isso.


O fato é que temos sempre algo a aprender, algo a melhorar e a capacidade de mudança do bandido é mais útil aos que se reconhecem "alunos na escola da vida" do que o bom exemplo do mocinho.


Ver o bandido conseguindo é mais motivador do que enxergar o mocinho sempre perfeito e pensar que jamais seremos como ele. Mais importante que mostrar o grande exemplo é mostrar que é possível mudar pelo amor, pela dor e pelo entendimento da ética.



Sou bandida querendo ser mocinha. Devo ter uma mocinha presa aqui dentro, mas ela ainda não teve oportunidade de sair. Rs.



Post besta, né?

03 julho 2010

Sem chuteiras!

Eu não ia assistir à Copa. Fiquei semanas me preparando para ignorar completamente o clima da torcida, o verde-bandeira espalhado pelas ruas. Eu sabia que seria difícil, mas eu tinha que fazer isso pelas minhas convicções.
Eu concluí tempos atrás que essa história de sediar copa e outras competições internacionais é a maior das incoerências. Porque apesar de dizerem que divisas são criadas, que o esporte é incentivado e que o país é visto de outra forma, ainda me parece absurdo e completamente idiota gastar bilhões pra construir ou reformar estádios, quando uma parcela considerável da população sofre pela falta do básico.
E, vejam bem, não sou contra o esporte. Entendo e aceito todos os benefícios diretos da prática e até louvo o fato de o brasileiro ter algo por que se alegrar (já que os motivos são mesmo escassos). Eu simplesmente me irrito demais com o que se ouve e com o que se vê pelas ruas em tempos de copa ou de preparação para ela.
A própria África do Sul é um grande exemplo disso. Sim, sim, a África do Sul deixou de ser tida como um país só de animais e passou a ser considerada capaz de muitas coisas. Ganhou visibilidade na imprensa internacional e não foi só pelas dificuldades por que passam seus habitantes. Mas e ós bilhões que foram gastos pra criar toda a infraestrutura da Copa de 2010? Será que sou só eu que pensa que esse dinheiro seria gasto melhor se tivesse sido usado pra melhorar a vida dos sul-africanos?
Foi por isso também que não recebi com tanto entusiasmo a notícia de que sediarremos as Olimpíadas de 2016, além da Copa em 2014. Porque segundo amigos cariocas, na época dos jogos panamericanos, o trânsito ficou bom, as ruas ficaram seguras e andar no Rio de Janeiro era uma tranquilidade só. Isso é bom? Claro que é! Mas só serve pra provar que, QUANDO querem as autoridades competentes (ou incompetentes, sei lá) fazem as coisas do jeito que devem ser feitas. E isso é de matar de raiva (deveria ser pelo menos) um cidadão que enfrenta o trânsito infernal num dia que não é de copa, nem de jogos olímpicos.
Pra ser sincera, eu confesso que não resisti bravamente e acabei assistindo a seleção. Depois que foi para as oitavas, resolvi que ia ver os jogos. Pffff! Além de achar tudo um gasto inútil, tive que ver o Brasil perder para a Holanda um jogo que estava praticamente ganho.
Ai ai ai! Da próxima vez, vou me isolar e boicotar completamente a Copa!Porque além de ficar irritada com tanto dinheiro gasto em coisa que não é prioridade, eu ainda tive que amargar a derrota.
Pra frente, Brasil! Pra frente, Pátria de chuteiras, mas sem educação, sem saúde e sem poder usufruir de seus direitos básicos!

02 julho 2010

Você ninguém me tira.


Pensei dez milhões de vezes antes de te beijar e agora que parei de beijar, pensei dez milhões de vezes pra não mais te beijar. Porque fui despertada para o inexplicável e não me lembro de já ter visto o inexplicável antes. Deve ser por isso que ele me assusta. Assim como você me assusta também!

E me assusta porque veio até mim como amigo que nunca seria olhado como homem. E se tornou homem num segundo em que me descuidei da razão. Tão rápido como veio, o desejo foi embora, Assustando como o barulho que fez meu coração quando chegou até ele essa vontade doida e essa saudade louca (suas palavras). Tudo assustador, apavorante.


E eu tão corajosa, tão certa de minhas ideias, sucumbi. Assim como você que violou pensamentos importantes e veio pra mim sem pestanejar, mas igualmente assustado.


E onde foi isso tudo? Se tão rápido quando veio, o desejo foi embora? Se tão forte como surgiu, também desapareceu sem deixar vestígio?


Restou cá em nós, esse amor assim de verdade. Assim muito forte. Assim tão real. Em mim é tão grande que nem sei como cabe, que ameaça entornar e respingar tudo ao redor. Um amor que mantém a saudade louca e o querer estar perto. Que faz uma hora parecer dois segundos e espalha na minha pele, não mais inflamada agora, seu cheiro de manjericão.


Um amor dos fraternos que me deixa sempre a certeza de que não estou sozinha, de que eu tenho pra quem correr, de que alguém no mundo é como eu e sabe como eu me sinto.


Já não me lembro de nenhuma frustração. Só penso na próxima vez em que poderei deitar no seu colo e falar da vida, reclamar e dizer o que está bom sabendo que tenho seus ouvidos só pra mim.


Se isso não é amor, não sei então o que pode ser!


Se isso não é amizade, não conheço o conceito da palavra!


Só sei e reconheço cada dia mais que amo demais tudo isso!


E não importa quanto passe o tempo... Nem quantas pessoas apareçam... Nem quantos cafunés eu receba durante a vida... Você ninguém me tira!



De coração, pra você, meu manjericãozinho! Rsrsrsrs.

Obrigada (não pela cerveja...)

Vida em São Paulo. Pessoas secas e eu me sentindo completamente só, sem ninguém que me aqueça o coração, certo? ERRADO! E eu senti isso mais do que nunca no sábado passado.
Sentada no sofá, minha tia dormindo o sono dos justos, meu primo Lu numa balada, meu primo Caio na casa da namorada e eu pensando no quanto ia ser ruim ficar ali, sozinha, esperando o sono vir. Com o coração apertado de saudade do meu celular em Minas que tocava sem parar (eu até reclamava quando os amigos insistiam muito pra eu sair).
Senti vontade de uma cerveja gelada. Zerada (pq no fim de mês é lei ficar sem um puto no bolso), perguntei para o meu primo Leandro (ele AINDA não tinha saído) se ele ia chegar muuuito tarde e se, quando voltasse, poderia me trazer uma latinha pra eu matar minha vontade de, de certa forma, realizar um plano do sábado.
Nem sei o que ele respondeu e pra ser sincera nem me lembrei mais disso. Rs.
Por isso quando dez minutos depois de sair, ouvi um soar de buzina na porta e vi que era ele de volta, me assustei. Pensei até que tivesse esquecido alguma coisa.
Mas quando eu cheguei meu coração ficou feliz demais da conta. Enxerguei a latinha de cerveja (na verdade, um latão) que ele tinha procurado e voltado só pra me trazer. Não foi pela lata, eu juro, embora eu goste bastante de uma cervejinha. Rsrs. Foi a atitude de pensar que eu estava ali sozinha e que aquilo era uma forma de eu me ocupar de alguma maneira, de me sentir feliz.
Tomei aquela cerveja com tanto gosto e repetindo pra mim mesma em voz alta uma verdade que já sei há tempos, mas não custa recordar. E concluí mais uma vez que não há como não amar meu primo Leandro.
Primo, valeu pela força de todos os dias, todas as horas e todas as situações! Sem você e sem a sua família (que agora é ainda mais minha que antes), eu nada seria aqui e agora!

09 junho 2010

São Paulo? Ruim? Só pra quem não tem amigos...

Há dois meses eu saí de uma cidadezinha miúda no interior de Minas e vim experimentar a capital paulista.
Se eu tenho saudades? Claro! Das pessoas, da minha cama, do amor da tia Maria e dos grandes amigos que ainda estão lá.
Mas São Paulo tem me encantado e muito...
Primeiro porque aqui todo dia eu vejo uma coisa diferente. Desde a árvore que tem no caminho do meu trabalho e que parece debruçar-se sobre a fachada de um prédio querendo abraçá-lo até o movimento das ruas. E que movimento! Carro pra lá, carro pra cá, avião sobe, avião desce...
E eu aqui no meio de tudo, pequena, observando, abstraindo as novas sensações e viajando em busca do que eu quero pra minha vida.
Acho que foi por isso que eu desabei na segunda passada. Meio perdida, querendo entender minha missão no mundo e sem um lampejo de razão, sem uma dica dos céus que me dissesse, afinal, o que eu vim fazer neste mundo doido.
Nada aqui é doce nem leve tampouco fácil. Foi o que acordei pensando na segunda e o que me fez querer sumir, morrer ou virar uma nuvem que pode se dar ao luxo de só observar lá de cima sem a obrigação de tomar atitude alguma. Cheguei mesmo a me perguntar se tinha alguma coisa boa nesta cidade que havia me recebido assim meio a contragosto (era o que eu pensava).
Sorte a minha que o meu anjo de guarda já tinha me mandado socorro e eu conheci no mundo real o meu amigo Ronaldo (Ro, para os íntimos) que veio praticamente me segurar no colo me dando um pouco de conforto. E pra quem não acredita em amizade virtual, EU REPITO: ela existe SIM!! E fica ainda mais divertida quando passa a ser real.
Papeando num buteco que eu nem me lembro o nome, tomando suco de laranja (ele preferiu suco de goiaba que, pasmem, tinha gosto de goiaba mesmo!), recuperei um pouco do ânimo com essa cidade. Porque no sorriso do meu amigo e no papo descontraído sobre assuntos diversos, eu senti que aqui tem sim gente boa, gente legal e gente engraçada. E gente que se preocupa comigo de verdade!
E na minha luta contra o mau humor, tão comum entre os que compreendem como funciona o mundo, eu ganhei um aliado, uma força a mais e, tomara, um companheiro de horas engraçadas regadas com humor inteligente.
Não é mais só um blogueiro que visita o meu blog e deixa comentários super fofos.
Agora é amigo REAL e "dos bão" (como diria a mineirada que é minha amiga desde sempre).

Ro, obrigada pela força e pelo papo que me fez gostar um pouquinho dessa cidade que, como eu, é doida, mas nem sempre é tão acolhedora.
Depois do Ro, agora só falta a Ro, irmã não-biológica que mora em BH e que eu ainda não conheço! Vem pra São Paulo, Ro! A cidade é boa, mas com você ela pode ficar ainda melhor!

"A amizade sincera
é um santo remédio,
é um abrigo seguro.
É natural da amizade o abraço,
o aperto de mão, o sorriso..."

(Renato Teixeira)

05 fevereiro 2010

Tiê: a doçura da simplicidade


Fui apresentada dia desses a uma cantora chamada Tiê.
Não sabia nada dela, nunca tinha ouvido, mas a sua música e sua voz entraram na minha vida de forma tão intensa que quis dividir a minha nova paixão.
Cantora paulistana que ganhou experiência rodando pelo mundo ao lado de Toquinho.
De voz doce, destacou-se como intérprete, para depois experimentar suas composições. E que composições! Suas letras falam ao coração e verbalizam o que muitas pessoas sentem, mas não conseguem expressar.
Ela fala de amor, de saudade, de decepção, de superação, de crescimento.
Tiê me cativou e me pergunto o motivo de ela não ter espaço na mídia aberta. Parece-me mais a prova de que o é bom sempre tem pouco ou nenhum espaço.
Interessado em conferir? Este post traz o link de uma de suas composições, 5º andar, do álbum Sweet Jardim.
Atentem para a simplicidade e a leveza com que sua música invade os ouvidos!

http://www.youtube.com/watch?v=6z0jPG5RuE0


Um viva à boa música!!!

21 janeiro 2010

Adote um amigo

Alegria de sobra com os amigos adotados.
Mamãe não compra cachorros!
Não perde tempo nem dinheiro escolhendo o mais fofinho, o mais dócil ou o mais adequado à sua casa.
Mamãe adota cachorros. E o faz c
om tanto amor que chego a me enciumar. Porque ela tem atração pelos mais doentes, mais pulguentos e mais magrelos. Cuida com carinho, fica sem dormir tratando das feridas e tira do leite da casa pra dar de comer aos feiosos cães que sempre chegam até ela.
Ela bem sabe que depois de duas
ou três semanas, eles ficam vistosos, brilhantes, saudáveis e apaixonados por ela. Nem parecem que não foram comprados. E só custam a ela um pouco de atenção.
Sabendo disso, entendi bem as
lágrimas e os soluços de mamãe quando ao acordar naquela manhã, deu com o corpo sem vida de Ketty no chão da varanda. Há seis anos, a cadela tinha chegado maltratada ao sítio em que moram os meus pais.
E há seis anos, Ketty era companheira fiel dele
s em pescarias, passeios, além de figurar como pessoa da família em todas as reuniões.
Não adiantou dizer que eu podia comprar outra igual a ela. Mesma cor, mesmos olhos e mesmo jeitão desligado. Não tinha como adiantar.
Mamãe não compra cachorros! Ela os adota. Fossem todos como ela e não haveria tantos cães abandonados, maltratados e com fome pela ruas da cidade.

Amigos não
se compram!
Adote um cachorro!





Obs: os cachorros que figuram nas fotos, ao lado de minha irmã caçula, foram todos adotados e demonstram sempre o mesmo amor a todos os que frequentam a casa, fazendo festa e pulando de alegria.