24 julho 2008

Dando um trato no jardim!

Então, dias sem escrever só servem para uma coisa: aumentar o leque de assuntos possíveis. E isso deixa qualquer futura jornalista desbaratinada (no meu caso, mais do que já sou!). Mas como tem sempre uma prioridade (ou deveria, pelo menos), terei que mencionar o efeito que uma citação de Cecília Meireles me causou.
" Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira..."
A delicadeza dessa verdade me tocou tão profundamente que passo dias inteiros lembrando-me dela a cada cinco minutos, não importa o que faça. Porque traduz em pouquíssimas palavras tudo o que nós (e me incluo aqui) precisaríamos ouvir sempre que algo dá errado e a cabeça não fica na melhor das condições.
Porque, claro, quando algo sai contrário ao que queremos nosso primeiro ato é maldizer a vida, reclamar aos quatro ventos e, principalmente, fazer como eu faço, prostrar-se em qualquer objeto macio e passar horas a fio racionalizando o que não tem razão de ser, esmiuçando cada palavra dita pra descobrir o erro e, com isso, prolongando o padecer.
PQP! Por que será que é tão difícil simplesmente entender que a vida é feita de cortes, de pedaços nossos que se espalham pelo mundo e pela existência, sem que possamos mover uma palha para evitar isso? É da vida a dor, por menor que seja. E por maior que seja, serve para alguma coisa, nem que sirva só para o nosso crescimento. Particularmente, eu acho que não deveria doer tanto esse negócio de crescer, mas... Regra é regra! E ninguém pára para pensar quando está feliz, né?
Então, melhor é se aceitar como flor, que nasce, cresce, sofre a dor da poda, mas consegue com isso (e somente graças a isso!) voltar na próxima estação ainda mais linda, ainda mais vistosa e com um brilho que só têm as flores podadas!
E viva o meu jardim!

08 julho 2008

Rumo à calça jeans número 40, lá vou eu!!!!

Dia desses ouvi o seguinte comentário logo nos primeiros minutos do expediente: " Nossa, você está cada dia mais gorda, héin!" Comentário infeliz que veio de uma pessoa amiga, mas que não teve muito tato na observação.
Não fosse o meu humor estar elevado e a minha auto-estima mais ainda, eu talvez tivesse dado uma daquelas respostas bem grosseiras.
Até retruquei, não por ter me feito mal, mas por pensar que se fosse em outros tempos eu teria ficado grilada, arrasada mesmo e teria de novo pensado numa dessas dietas mirabolantes pra mudar a situação. Isso é realmente perigoso pra gente insegura, um desastre iminente.
É fato para mim que não estou no meu peso ideal. Notei isso há alguns meses quando minhas calças pararam de fechar e eu tive que calçar a cara pra comprar de novo uma calça número 44 (Coisa que odeio mais que tudo, porque são as primeiras que acabam!). Nossa, quantas vezes usei essa palavra?
Mas também é um fato ainda mais relevante que essa não tem sido uma preocupação tão presente na minha vida. Tá, eu preferia vestir calça 40, mas tem tanta coisa me fazendo feliz agora que não vou permitir que uma única coisinha me tire do eixo.
Já fui de tudo que é jeito! E nenhum momento foi tão bom quanto o de agora. Deve ser a proximidade dos trinta. Depois de tanto mau pedaço, descobri que não faz tanta diferença o formato do corpo, mas o uso que eu faço dele. E eu já aprendi a usar direitinho! Aliás, em tempos de magrelice total, ele não me dava tanta satisfação como agora. Uhuuuu!! KKKK!
Vejo tanta menina se matando pra emagrecer, mulheres inteligentes que só sabem falar de calorias, dietas e exercícios. Pobrezinhas! Ainda não descobriram como usar o próprio corpo. Na verdade, devem até vê-lo como inimigo, cada vez que o ponteiro da balança sobe um grama que seja.
Cansei! Melhor mesmo é comer direito, exercitar-se regularmente e ter uma vida saudável. Coisa que, aliás, eu vou fazer a partir de segunda-feira. Ando querendo sentir o que é vestir 40 de novo. Mas sem neura! Só pra mim mesma e não porque tem outra pessoa achando que estou gordinha.
Aliás, a única pessoa que precisa se preocupar com isso adora toda a camada adiposa do meu corpo! KKKK.