24 abril 2012

Mundo que dá voltas...

Tempos atrás, numa brincadeira de colégio o jornalismo já acenava pra mim com simpatia. E eu já brincava com essa preferência, mesmo sem muita certeza do que seria o futuro de fato.
Hoje me peguei pensando nas voltas que o mundo dá e quão surpreendente pode ser o resultado dessas inúmeras voltas. Especialmente se pensar na lembrança que me ocorreu hoje.
Ainda me lembro do quanto eu era sonhadora e ingênua. Era feliz e não sabia, não é o que todo mundo diz sobre os tempos de irresponsabilidade da infância e da adolescência? Também me lembro de montar aquele jornal afixado por uma série de razões que não eram as reais. E de ser popular por causa disso.
Eu tinha mesmo me esquecido daquele menino branquelo que, com seus 10 anos (mais ou menos), tinha a iniciativa de querer colaborar com a doidinha do segundo ano que brincava de ser jornalista. Bonitinho ele. Sorridente, engraçado. Super doce, tinha o hábito de me trazer uma flor catada na pracinha em frente ao colégio.
Parecia tímido, mas era só reservado. Bom de serviço, criativo, enfim, um menino de dez anos como não são os que se vêem hoje em dia. Que colaborou muito para o que na época era a coisa que eu mais gostava de fazer: a GAZETA ESTUDANTIL, que ultrapassando os limites do amadorismo me fez sonhar com jornalismo desde os quinze anos de idade.
O tempo passou. O colégio acabou. A GAZETA deixou de existir. Precisava mesmo de paixão pra fazer aquilo dar certo. Perdi contato com o menino várias vezes. Ele foi embora da minha vida um monte de vezes. Voltou outro monte de vezes. 
Foi vizinho, namorado de amiga, confidente e parceiro de bebedeiras. O que eu não imaginava era que ele fosse se tornar, depois de passar por outra graduação (como eu passei), colega de classe no primeiro período de jornalismo do ano de 2012.
Eu tinha me esquecido que a gente já sonhava com isso há tempos! Prova disso é que doze anos atrás brincávamos de ser jornalistas numa escola pública cuja diretora confiava muito na nossa capacidade. Quantas voltas o mundo deu até hoje? Quem podia imaginar que acabaríamos fazendo o curso para o qual ensaiávamos desde que ele era um moleque e eu uma adolescente cheia de ideias?
Muitas voltas mesmo...

E o final, até agora, não poderia ser melhor!


Cássio Almeida e eu...





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