12 junho 2009

Empatia...



Afinal de contas, o que estava acontecendo com ela? Chorar assim depois de transar com alguém era, no mínimo, ridículo. Mas não pôde segurar e depois de alguns minutos tentando se conter, ela só permitiu que as lágrimas corressem.
E enquanto ficava constrangida, tentava explicar por que estava chorando na frente de um homem que ela mal conhecia. Mas como podia explicar? Ela tinha dificuldade de chorar até na frente dos seus amigos de longa data. Como explicar se nem ela mesma entendia?
O que havia acontecido era a mais simples e pura empatia instantânea. A que jamais acontecera antes. E ela teve vontade de amá-lo e ser amada por ele. Chegou a ficar ansiosa com isso e quis que o tempo passasse logo pra ver e sentir que as coisas poderiam ser como ela desejava.
Abandonou-se ali, depois de uma tórrida noite de amor em que se soltou de maneira completamente natural. E sonhou acordada com a tranquilidade (inédita!) que sentia naquele momento.
Não quis acordar, sem se dar conta de que sequer dormira. Não quis falar, mas seu coração estava tão feliz que o seu corpo inteiro já falara por ela antes. Poderia gritar, mas o silêncio estava tão próximo da perfeição que não careceu fazer mais barulho do que já tinha feito antes.
Pensou em descrever o que estava pensando e sentindo, mas foi desnecessário. Afinal, as palavras já haviam sido descartadas horas atrás. Não precisou dizer nada a ele. Nada do que queria, porque ele já sabia. Palavras só fariam estragar aquele encontro que ela esperava ser o primeiro de muitos.
E nem sabia porque pensava dessa forma. Ela não o amava. Ainda não. Mas sentiu que poderia chegar a isso sem esforço. E que a recíproca também poderia ser verdadeira. E isso era o melhor!
Não. O melhor era conseguir ter vontade de acreditar no que os olhos dele lhe diziam, sensação esquecida há muito.
Ele estava ali, vendo-a chorar e não achava rídiculo. Só queria saber por quê. E ela não sabia dar essa resposta. Mas esperava que ela viesse com o tempo. E queria que o tempo pudesse voar para que suas suspeitas e desejos em relação a ele se concretizassem...
Sua ansiedade era justificada. Não é todo dia que esse tipo de coisa acontece. Não é todo dia que se vê pela primeira vez alguém que já se conhece há anos.


OBS: Pra quem se reconheceu no poke, foi só o mais bonitinho que achei nos meus contatos pra ilustrar. Mera coincidência, juro... Mas se for necessário, eu troco a foto, tá? Rsrsrsrsrsrs.

2 comentários:

Tabaquinho PT disse...

rsrsrsrrssrs

Tabaquinho PT disse...

Queria receber uma carta como essa!!!