27 janeiro 2009

O sonho...


Sonhei que andava de patins. E andava divinamente. Deslizava como uma profissional, imaginando uma música que embalasse meus movimentos que eram, no sonho louco, perfeitos.
Sei lá de onde saiu isso. Nunca fui boa nesse brinquedo. Nem quando não tinha medo algum de cair, imagine agora que o chão ficou tão longe de mim.
Não entendi, mas me lembro da sensação. Liberdade, eu acho, ainda que me pareça piegas. E frescor. Freud explicaria, com certeza, com base nesse primeiro parágrafo. Mas a explicação é mais complexa do que um simples desejo de liberdade e refresco. É além...
Tão difícil olhar pra dentro de si e assumir quais são os verdadeiros motivos de cada atitude, cada ação e reação. Nem naqueles dias de mais introspecção, a coisa fica fácil. Como se os desejos (todos) virassem, num repente, inimigos que precisam ser combatidos. À custa das horas felizes, dos momentos de sossego. Como se preferíssemos viver num estado constante de busca pelo que queremos. Como se encontrar o que se deseja fosse insuportável...
Por que não estamos habituados à felicidade? Ninguém ainda encontrou resposta satisfatória para essa pergunta. Aliás, todas as respostas são raras no que se refere ao ser humano, este bicho em constante questionamento que nunca descobre a que veio. Este bicho que vive empacado nos bloqueios que ele mesmo cria pra si.
Estranho acordar assim por causa de um simples sonho com um brinquedo da infância. Talvez eles representem o que eu nunca consegui fazer, mas sempre tive vontade. Andar de patins sempre foi pra mim algo lindo de olhar. E uma beleza da qual eu queria participar. Entretanto, eu nunca consegui.
E tem tanta coisa na atual conjuntura dos fatos que eu sinto muita vontade de fazer e não consigo! Saber o significado não resolve. Afinal, de que me adianta saber o que incomoda, se não sei como ou o que fazer pra mudar isso?
Buscar respostas parece uma constante no ser humano. Aceitá-las deveria ser seu costume também. Não dá pra mudar o que já começou errado. E o que está errado é a razão. Melhor ser irracional pra não ter que ficar questionando e contestando tudo. Alguém se habilita a regredir na evolução? Eu faria isso de bom grado, sem dó, sem pensar em nada. Só faria.
Não quero mais buscar respostas que nunca chegam. Tampouco quero passar outra noite em claro com medo de sonhar com o que desejo e jamais poderei ter ou experimentar. É cruel, doloroso e completamente desnecessário...


" A felicidade deveria ser um destino e não uma viagem..."




2 comentários:

Anônimo disse...

Publiquei um texto do Mário Quintana no meu blog que também fala disso. Olha lá!!!

Unknown disse...

lindooo!!
a felicidade é um lugar amor da minha vida!!
difícil de chegar!
te amo bju