06 julho 2010

Cadê a minha mocinha. afinal de contas?

Gosto de mocinhos. São do bem, fazem o bem e deixam a gente com aquela sensação boa de que o mundo seria lindo se fosse povoado de gente assim. Além do mais, em filmes, novelas e peças, eles costumam ser tão lindos, legais, doces e educados. Politicamente corretos! Isso me atrai...


Mas prefiro mesmo os bandidos que no fim da história trocam de lado. Assim meio plasticamente pra quem não observa seus reais motivos pra serem do mal no início, mas de uma forma que faz com que eu me apaixone pelo autor.


Bandidos que viram mocinhos me fazem acreditar em perdão, em superação e tiram de mim aquela ideia desconfortável de que "pau que nasce torto, morre torto". Tão triste acreditar nisso, ter isso como condição.


E por que as pessoas não podem mudar? Gosto de pensar nisso como possível, porque muitas pessoas que eu amo precisam disso. Eu mesma preciso melhorar em muitas coisas e se eu pensar que isso não é possível, não vou evoluir.


Mocinhos parecem prontos e não existe gente assim. Nem aqui nem em outros mundos, se é que existem outros mundos. Somos seres em constante evolução, aprendizado ou seja lá o que nome que se dê a isso.


O fato é que temos sempre algo a aprender, algo a melhorar e a capacidade de mudança do bandido é mais útil aos que se reconhecem "alunos na escola da vida" do que o bom exemplo do mocinho.


Ver o bandido conseguindo é mais motivador do que enxergar o mocinho sempre perfeito e pensar que jamais seremos como ele. Mais importante que mostrar o grande exemplo é mostrar que é possível mudar pelo amor, pela dor e pelo entendimento da ética.



Sou bandida querendo ser mocinha. Devo ter uma mocinha presa aqui dentro, mas ela ainda não teve oportunidade de sair. Rs.



Post besta, né?

Nenhum comentário: